Navegando por Autor "ARAUJO, Maria Eduarda dos Santos"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Análize da função emancipadora da arte para expressão das emoções humanas(Universidade Estadual do Paraná, 2025-05-28) ARAUJO, Maria Eduarda dos Santos; NEVES, Sandra Garcia; http://lattes.cnpq.br/2279705773059607; http://lattes.cnpq.br/3845867107926956; PRESTES, Zoia Ribeiro; http://lattes.cnpq.br/1927800358488148; FACCI, Marilda Gonçalves Dias; http://lattes.cnpq.br/2222738235813129A Psicologia Histórico-Cultural possui seus fundamentos teóricos direcionados à compreensão do desenvolvimento da psique humana em relação ao movimento da realidade objetiva/concreta. Neste processo de compreensão do psiquismo, percebemos a função da Arte como promotora de desenvolvimento humano. Entendemos que a Arte, embora contribua para a manutenção e a conservação da ordem, ao atuar na preservação de alienações e estranhamentos, também favorece a compreensão profunda do processo de humanização. É com a matriz da produção cultural que desenvolvemos nosso estudo sobre as emoções expressas por pacientes em tratamento contra o câncer por meio da Arte. Por meio das manifestações/criações o ser humano expressa seus sentimentos e suas emoções. Fundamentamos nosso estudo intitulado “Análise da função emancipadora da Arte para expressão das emoções humanas” na abordagem do Materialismo Histórico‑Dialético e da Psicologia Histórico‑Cultural ao investigarmos de que modo a criação – pintura em tela de tecido com tinta acrílica – atua como recurso de humanização e como instrumento de expressão emocional para pacientes adultos em tratamento oncológico. Nosso objetivo é analisar as contribuições da Arte no processo de emancipação humana, compreendendo-a como forma de expressão das emoções humanas. Combinamos em nossa metodologia de pesquisa levantamento bibliográfico em bases especializadas e estudo de campo realizado junto a três pacientes do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Campo Mourão (PR). A coleta de dados incluiu registros em diário de campo, entrevistas semiestruturadas, gravações de áudio e vídeo, bem como documentação fotográfica das obras produzidas. A descrição das criações, em consonância à observação dos dados qualitativos (gravações, diários de campo) e quantitativos (levantamentos em plataformas como Oasis-Br e CAPES), revelou três eixos centrais para discussão, quais sejam: (1) a arte como mediação simbólica para externalização de angústias frente à doença; (2) a reorganização psíquica promovida pela atividade criativa, conforme teorizado por Vigotski, com ênfase no desenvolvimento da imaginação; (3) a tensão entre alienação e emancipação nas produções. As telas, que analisamos em paralelo as telas de Frida Kahlo, demonstraram que a Arte Plástica não apenas reflete a subjetividade do adoecimento, mas manifesta a percepção da realidade. Apesar de algumas limitações como a baixa adesão de participantes à pesquisa, o estudo comprova que a articulação da Arte em práticas pedagógicas hospitalares amplia a qualidade de vida psíquica da pessoa em tratamento contra o câncer. Nossos estudos resultaram da compreensão de que a criação não apenas evidencia a esfera emocional dos pacientes, mas também favorece processos de elaboração e transformação afetiva, além disso, concluímos, também, que a Arte como práxis transformadora, assume função política na luta pela humanização e pela emancipação integral do ser humano.