Navegando por Autor "ALE, Anne Lise Filartiga"
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Item CINEMA NHANDEREKO - PERSPECTIVAS ESTÉTICAS DE REALIZAÇÃO A PARTIR DA COSMOLOGIA ORIGINÁRIA GUARANI(Universidade Estadual do Paraná, 2022/04/05) ALE, Anne Lise Filartiga; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; http://lattes.cnpq.br/2814962511896734; BAGGIO, Eduardo Tulio; http://lattes.cnpq.br/8887788540106433; TEIXEIRA, Rafael Tassi; http://lattes.cnpq.br/9074237042190064; ALVARENGA, Clarisse Maria Castro de; http://lattes.cnpq.br/3413084947174681; MIKOSZ, José Eliézer; http://lattes.cnpq.br/8805958526800693Esta dissertação tem como objetivo produzir uma reflexão sobre as possibilidades e impossibilidades de representação da cosmologia amerindia guarani no campo do Cinema. Partimos do pressuposto de que existe um Cinema Guarani e que esse cinema singular tem características estéticas formais e discursivas contextuais diversas do/s cinema/s hegemônico/s. Nossa hipótese é de que o ponto de vista filosófico dos povos guarani tem base no que Eduardo Viveiros de Castro concebe como Perspectivismo Amerindio, e que, portanto, tais percepções não-convencionais sobre o mundo afetam a construção do olhar de cineastas indígenas na criação de imagens auto representativas. A partir disso, tomamos o Nhandereko (termo que dá nome ao título, que significa "modo de ser guarani” na língua indígena e abarca um conjunto de particularidades cosmológicas) como elemento balizador da análise filmica de três obras de curta duração do gênero documentário dirigidas por cineastas guaranis contemporâneos: Mensageiros do Futuro (2019), direção de Graciela Guarani (Poty Rory), cineasta guarani Kaiowá; Sonho de Fogo (2020), direção de Alberto Alvares, cineasta guarani Nhandeva; E "Pará Rété" (2015), dirigido pela cineasta guarani Mbyá, Patrícia Ferreira (Pará Yxapy), com vistas a identificar um conjunto de elementos particulares da cosmologia indígena guarani e compreender de que forma tais elementos podem produzir atravessamentos em aspectos estéticos e discursivos na uso da linguagem cinematográfica. A partir das análises filmicas imbricadas com a literatura etnográfica guarani de autores como Nimuendajú, Cadogan e Schaden, pudemos compreender os aspectos cosmológicos da cultura Guarani enquanto constituintes das obras filmicas de seus realizadores. Nesse sentido, concebemos neste trabalho o Cinema Nhandereko como um sistema singular de formas, portanto, uma estética (RANCIÈRE, 2009) que abarca um sistema ideal de vida diverso do princípio eurocêntrico, e possibilita a leitura de uma tradução cosmológica através da linguagem do cinema.