SILVA, Ricardo Tadeu CairesDUARTE, Angelina2025-04-282025/04/282025-04-282015/12/18https://repositorio.unespar.edu.br/handle/123456789/654Nesta dissertação procuramos analisar, de que forma a lei 10.639/2003 está sendo implementada no currículo escolar, nos materiais didáticos e nas ações cotidianas dos (as) professores (as) e professores de História que atuam no Núcleo Regional de Paranavaí /PR. Partindo do princípio que uma das principais dificuldades para a implementação da mesma é a permanência do modelo eurocêntrico, falta de uma formação acadêmica e continuada adequada e o mito da democracia racial presente no professor. O foco da pesquisa se centra na disciplina de História pelo seu campo de atuação e sua função sendo por isto um lugar privilegiado para o cumprimento da lei e por ser considerado a ―carteira de identidade de país‖. É uma pesquisa qualitativa fizemos uma revisão bibliográfica demonstrando a relação entre as ausências e presenças da História e Cultura da África dos africanos e afrodescendentes nos currículos e nos livros didáticos de História e os fatores que influenciaram para a obrigatoriedade da inserção da temática. Analisamos também as abordagens presentes nos livros e materiais didáticos adotados pelos professores de História do município de Paranavaí no tocante à História da África, no período de 2003-2013. Identificamos as estratégias e ações de formação e capacitação docente que o Estado do Paraná tem ofertado aos docentes para a implementação da lei 10.639/2003. E através de um questionário semi estruturado buscamos as representações dos docentes sobre o ensino de História da África e da cultura afro brasileira perceber como as insere na sua prática. Após a pesquisa concluímos que os professores possuem pouca ou nenhuma formação para implementar os conteúdos relativos à História da África. Muitos professores não consideram importante o aprofundamento dos conteúdos relativos à História da África. Os livros didáticos não oferecem o devido espaço ao tema, contribuindo assim para que estes conteúdos sejam deixados de lado; Ao trabalhar pontualmente a história africana e afro-brasileira como tem sido feito nas escolas tem na verdade contribuído para a ―folclorização‖ da História da África, na medida em que deixam de discutir profundamente o assunto. O trabalho aponta que ainda que houve avanços como a inserção da temática no currículo, livros com capítulos específicos sobre a África, aumento de cursos de capacitação ofertados e um novo olhar de alguns professores sobre a temática ainda a um longo caminho a trilhar afinal ainda é muito presente no ensino de história o eurocentrismo e o mito da democracia racial. Um dos nós desta questão é a formação acadêmica haja vista que a inserção da temática nas Universidades é lenta contribuindo para uma formação de professores com uma visão conservadora e preconceituosa.Lei nº 10.639/03; Currículo, Livro Didático, Educação Básica; Paranavaí, Estado do Paraná; História e Cultura Africana e Afro-Brasileira; Formação Docente.UMA DÉCADA DEPOIS: A IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 10.639/03 NAS ESCOLAS ESTADUAIS DE PARANAVAÍ (2003-2014)DissertaçãoEnsino