VASCONCELOS, Beatriz ÁvilaCOMODO, Giovanni Alencar2025-02-262025/02/262025-02-262023/04/04https://repositorio.unespar.edu.br/handle/123456789/405Situada no âmbito da Teoria de Cineastas, esta pesquisa aborda a presença do acaso – entendido aqui como eventos fora do controle do realizador – no processo criativo do cinema de Éric Rohmer (1920-2010), especialmente em O Raio Verde (1986). A partir de fontes como entrevistas, textos e filmes de Rohmer, além de depoimentos de parceiros de trabalho e a produção crítica e teórica sobre o realizador, em uma tentativa de melhor compreender sua reputação e método de cineasta rigoroso e controlador, trazendo o filme Noites de Lua Cheia (1984) como exemplo. Em seguida, baseado em Fayga Ostrower, Ronaldo Entler e Décio Pignatari, realizo uma investigação da presença do acaso em processos criativos nas artes em geral, incluindo possíveis pontes com o cinema e a obra para televisão educativa de Rohmer. Estabelecidos o fazer artístico de Rohmer e noções do acaso na criação, no terceiro capítulo parto para análise de O Raio Verde, obra paradigmática na filmografia do diretor em seu fazer repleto de improvisos e de eventos inesperados e incorporados ao filme. O exame de cenas, entrevistas e textos de sua época enquanto crítico revelam um Rohmer atento ao legado de diretores que admira e interessado em aplicar suas ideias na prática. Depoimentos de colaboradores e uma entrevista inédita com Marie Rivière, atriz protagonista e co-autora do roteiro de O Raio Verde, demonstram um cineasta inquieto e aberto às colaborações de sua equipe em encontro com o mundo, integrando o acaso enquanto força criativa de seu processo.Cinema, Éric Rohmer, Teoria de Cineastas, acaso, O Raio Verde.ÉRIC ROHMER E O RAIO VERDE (1986): ENCENAÇÃO E CRIAÇÃO ENTRE O ACASO E O CONTROLEDissertaçãoARTES