MENDES, Maria CristinaMELO JUNIOR, Valdir Heitkoeter de2025-02-262025/02/262025-02-262023/08/18https://repositorio.unespar.edu.br/handle/123456789/399A obra cinematográfica Manifesto (2015), dirigida por Julian Rosefeldt, é o objeto de análise desta dissertação, cujo objetivo é destacar quais as possíveis contribuições desta obra para refletirmos sobre a contemporaneidade. Criado a partir de mais de cinquenta textos-manifesto, a obra é constituída por uma narrativa disruptiva, com Cate Blanchett interpretando treze personagens distintas em cenas urbanas, tais como professora de ensino primário, apresentadora de jornal e repórter. O primeiro capítulo da dissertação apresenta um levantamento histórico das aplicações e do desenvolvimento do manifesto enquanto um gênero artístico-literário, é dividido em cinco partes: o contexto histórico, sua etimologia e primeiros registros (SOMIGLI, BORTULUCCE, LYON E PUCHNER); as características aforizante e mutável do gênero manifesto (MUSSALIM, MAINGUENEAU E ABASTADO); os manifestos e a relação entre arte e política (CERTEAU); a modernidade e o papel dos manifestos (TELES); as vanguardas artísticas e os manifestos enquanto ferramenta discursiva (BAUMAN). O segundo capítulo, dedicado à análise fílmica, é dividido em seis partes: a transposição do formato de videoinstalação para o longa-metragem (LJUNGBÄCK), a concepção poética do caos e da incerteza (BURCH, DELEUZE E GUATTARI); a perspectiva de interpretação sob a noção de palimpsesto (GENETTE, KRISTEVA); as teorias da adaptação cinematográfica e Manifesto (HUTCHEON, SANDERS E STAM); os aspectos estéticos evocados na intertextualidade entre imagem e texto (AUMONT, BURCH, DELEUZE, DIDI-HUBERMAN E FLUSSER); a interpretação da discursividade sob a perspectiva de sua organização composicional e potência de fruição (BAKHTIN, BRAIT E RANCIÈRE). O terceiro capítulo visa discutir possíveis aproximações entre os discursos representados em Manifesto em face dos problemas e crises recentes que conferem contornos distópicos à contemporaneidade, uma tentativa de estabelecer paralelo com a recente situação pandêmica e a dificuldade em imaginar o futuro. Menos volumoso que os capítulos anteriores, o terceiro e último é o arremate das ideias, discussões e levantamentos realizados e divide-se em duas partes: os desafios da comunicação em tempos de crise (HAN e LJUNGBÄCK); efeitos da pandemia sobre a crise da comunicação e perspectivas para imaginar o futuro (BERARDI, WISNIK, FLUSSER e RANCIÈRE).Manifesto; Texto e Imagem; Caos e Incerteza; Julian RosefeldtMANIFESTOS INSULARES PALAVRA E IMAGEM COMO DISCURSO DE CAOS E INCERTEZA EM MANIFESTO, DE JULIAN ROSEFELDTDissertaçãoARTES