CAMPOI, Isabela CandeloroMENDES, Luciene de Carvalho2025-04-292025/04/292025-04-292019/03/29https://repositorio.unespar.edu.br/handle/123456789/709Direitos Humanos e Educação. Discursos, poder, abuso de poder e mudança social. É por esse território interdisciplinar que esta pesquisa transita, de forma a se compreender como os direitos à educação e a seguridade da dignidade humana, constituídos como fundamentais na Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), na Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB), e demais documentos legais, vêm tomando significados diversos no continuum da história. A educação é discutida, neste trabalho, como indicadora da vitalidade dos campos disciplinares no processo de compreensão das mudanças sociais propostas na Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Médio (2018). Neste caso específico, a BNCCEM traduz, significativamente, o que van Dijk considera como reprodução discursiva do abuso de poder. Os discursos que poderiam ratificar a diversidade social como riquezas humanas, negam identidades ou, simplesmente, silenciam culturas. Para que uma base curricular a nível nacional seja entendida como um importante documento orientador para a educação básica, é preciso que em suas orientações constem os conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade, conforme defende Saviani. A partir desse conceito, a inserção das lutas e conquistas pelos valores humanos na BNCCEM, especificamente no que tange à diversidade de gênero e sexualidade, significaria que todas as estruturas sociais que corroboram a educação básica teriam acesso aos estudos de corpora dessa diversidade. Esse seria um convite para que todos disseminassem a cultura do bem, para si e para os outros. Ao menos o que compete às estruturas sociais com o poder simbólico da lei e da mídia, a mudança pretendida não se efetivará no atual contexto político. Entende-se que não haverá uma reformulação significativa educacional sem que haja, de forma correspondente, mudança da sociedade. Nesse sentido, mudar requer negociações, as quais podem significar que novos caminhos sejam traçados conforme os interesses dos sujeitos que, simbolicamente, detém algum tipo de poder. Nessa perspectiva, a presente pesquisa traz a linguagem (nos discursos escritos) como matéria que sugere mudança social. Tais discursos são analisados na perspectiva da Análise Crítica do Discurso (ACD) e entendidos como elementos de poder e aptos a promover mudança social. Atentando para esse princípio objetivo, a proposta é responder, conforme a ACD, à questão que orienta a linha mestra desta pesquisa: quais os indícios (do campo linguístico-semântico) que identificam como que determinados signos linguísticos (mantidos, excluídos ou substituídos) podem demandar em mudança social? Os discursos escritos, haja vista, não são analisados como objetos verbais autônomos, muito menos as intencionalidades neles implícitas.Direitos Humanos, Educação, BNCCEM, Análise Crítica do Discurso.DIREITOS HUMANOS, EDUCAÇÃO E SEXUALIDADE: A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO SOB A ÓTICA DA ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSODissertaçãoEnsino