NOGUEIRA, Clelia Maria IgnatiusREIS, Tamyris de Simoni dos2025-11-252025-11-252025-08-28https://repositorio.unespar.edu.br/handle/123456789/951O objetivo desta dissertação é construir uma autonarrativa a partir das minhas vivências, análises e interpretações sobre como se constrói um percurso formativo de professora de Matemática enquanto mulher inserida no espectro autista. Com isso, busco contribuir para o desenvolvimento de empatia por parte de professores, gestores educacionais, colegas estudantes, familiares e demais atores da comunidade escolar em relação aos alunos com TEA. As reflexões que proponho têm como foco o autismo e o processo de reconhecimento dos direitos das pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), a partir da descrição das minhas experiências acadêmicas com a Matemática, desde a Educação Básica até o Ensino Superior. Pretendo, assim, construir um relato que contemple minhas vivências como professora autista, evidenciando os caminhos e descaminhos que percorri na construção da minha carreira na educação. Refleti sobre o impacto desse processo na minha atuação como docente de Matemática e na construção da minha identidade profissional. Para isso, utilizei a metodologia da pesquisa autobiográfica, pois ela permite a construção de uma narrativa que conecta práticas individuais a vivências mais amplas, possibilitando expandir as percepções do particular para o geral. As conclusões a que cheguei apontam para a necessidade urgente de discutir práticas pedagógicas inclusivas, que permitam aos estudantes autistas ampliar sua percepção de sociedade e reconhecer-se como pessoas “humanas”, capazes de se desenvolver em sua individualidade e atuação profissional. Para tanto, considero ser necessário adotar metodologias que considerem a inclusão como ponto de partida, e não como resposta ao fracasso. Isso porque, muitas vezes, as adaptações para estudantes com deficiência só são pensadas após a constatação de suas dificuldades. É fundamental, portanto, pensar em práticas que valorizem habilidades e competências, de forma a reduzir as frequentes percepções de fracasso vividas por estudantes autistas inclusos.Autismo; autonarrativa; inclusão; ensino de MatemáticaAUTONARRATIVA DO PERCURSO FORMATIVO DE UMA AUTISTA PROFESSORA DE MATEMÁTICADissertação de MestradoEnsino