NOYAMA, Renata TavaresRECKELBERG, Néli Terezinha Rulka2025-06-242025-06-242025-06-242020-07-29https://repositorio.unespar.edu.br/handle/123456789/853O presente trabalho tem por intuito abordar a relação entre ensino, filosofia e alteridade. A proposta é dar a filosofia outra função que não a busca da verdade/conceito. Ao invés de usar conceitos pré- estabelecidos para pensar/filosofar, propomos fazer uso de palavras que não tenham idioma, ou seja, pensar/criar sem a preocupação de estabelecer adequações entre o conceito e as coisas. Daremos à verdade e à mentira as mesmas condições. Nossos guias nessa empreitada serão Deleuze e Derrida que, na continuação do espaço aberto por Nietzsche, buscaram assinalar os limites do conceito, na tentativa de transgredi-los. Na esteira da desconstrução, proposta por Deleuze, de subversão do pensamento representativo, e de Derrida que procura subverter a tradição metafísica ocidental, considerada por ele, logocêntrica e dominadora, buscaremos sair da zona de conforto e nos dirigir para o limite da confusão. Voltar-se às coisas mesmas, ainda que estas sempre nos escapem, e filosofar sem ter a pretensão de alcançar precisão alguma das coisas que se está vendo/pensando. De Deleuze nos apropriamos da concepção de filosofia enquanto processo de criação, ou seja, traçar planos, inventar personagens e criar conceitos. Pensar, na perspectiva deleuziana, é encontrar signos que digam o acontecimento. Pensar por conceitos é se manifestar linguisticamente, é experimentar o mundo enquanto devir, é sobrevoar o vivido com o intuito de ressignificá-lo como se o filósofo/criador fosse ignorante das verdades estabelecidas e recebidas pela tradição. Segundo a concepção de escrita/criação de Derrida, não há significados transcendentais, logo tudo é discurso, desta forma, o domínio e o jogo da significação se tornam infinitos. Com essa liberação da escritura, é possível remeter significante a significante, numa ordem infinita sem a preocupação de que estes significantes desocultem um significado primeiro.Ensino. Filosofia. Alteridade.A AULA DE FILOSOFIA COMO ESPAÇO PARA O ENCONTRO COM A ALTERIDADE DO PENSAMENTO A PARTIR DE DELEUZE E DERRIDADissertaçãoFilosofia