WOSNIAK, Cristiane do RocioSILVA SEGUNDO, Waldir Alves da2025-02-262025/02/262025-02-262023/03/16https://repositorio.unespar.edu.br/handle/123456789/401Essa dissertação tem o objetivo de investigar os processos de criação singulares e autorais do criador de jogos contemporâneo Hidetaka Miyazaki no que concerne às narrativas interativas do videogame, em suas aproximações com o cinema, principalmente com o cinema de horror. Intentamos compreender como o conjunto de elementos de linguagem e narrativa, que atuam como marcas autorais nos jogos criados por Miyazaki – especialmente os usos da linguagem audiovisual do horror –, possibilitam experiências estéticas diferenciadas, que estabelecem novas dinâmicas de jogo no universo dos videogames, aqui entendidos como mídias audiovisuais. O corpus da investigação se debruça sobre o jogo Bloodborne (2014). O jogo se apoia em narrativas não-lineares muito distantes das narrativas costumeiras implementadas no campo da linguagem do videogame e faz um uso excessivo do horror, em especial a materialidade corporal do body-horror. Esta investigação norteia-se pelas seguintes questões: Como se dão os processos de criação de uma narrativa em videogame que tem no corpo e no horror corpóreo o foco de sua atenção? Seria possível estabelecer alguns parâmetros de coerência, reiteração e explicação sobre os processos de criação de Hidetaka a partir de pistas/traços ou marcas autorais presentes não apenas em Bloodborne, mas também no conjunto de seus jogos? Qual o papel de Hidetaka no universo audiovisual do horror contemporâneo? De que forma e com que meios se cruzam as dimensões de narrativa, visualidade e jogabilidade no processo de criação audiovisual na obra de Miyazaki? A corporeidade excêntrica – body-horror – poderia ser considerada como marca protagonista em suas obras audiovisuais? Como procedimentos metodológicos, adotamos a Revisão de Literatura associada à abordagem da Teoria de Cineastas (BAGGIO; PENAFRIA; GRAÇA, 2015; 2017) e também faremos paralelos com obras cinematográficas e outros processos de criação, partindo do princípio de que os videogames também podem ser considerados obras audiovisuais contemporâneas. Como ancoragem teórica trazemos para a investigação os pressupostos da ludologia advindos de Lyra (2018); Huizinga (1993), Frasca (2005) e Murray (2003), além de Philippe Dubois (2004) e Christine Mello (2008) para as artes do vídeo.Artes do Vídeo; Videogame; Processos de Criação; Narrativa; Hidetaka Miyazaki.CORPO, LINGUAGEM E ESTÉTICA DO HORROR NA NARRATIVA DE VIDEOGAMES: O PROCESSO DE CRIAÇÃO DE HIDETAKA MIYAZAKIDissertaçãoARTES