LEONELLO, João CarlosNEVES, Vera Lucia2025-02-0404/02/20252025-02-042016/03/11https://repositorio.unespar.edu.br/handle/123456789/178O trabalho se configura como categoria fundante do ser social. O homem se humaniza a partir da relação que estabelece com a natureza e com os outros seres humanos no processo de satisfação de suas necessidades materiais e constrói sua história a partir dos processos sociais de produção. No decorrer do tempo histórico, este sentido ontológico do trabalho dá lugar, no modo de produção capitalista, ao emprego, caracterizado pela compra e venda da força de trabalho, que culmina na denominada sociedade do salário. Os conhecimentos acumulados neste processo histórico são repassados através das gerações pela interação social. A juventude absorve o que foi construído por processos educativos formais e não-formais e pode recriar o ser social com sua intervenção. No entanto o conceito de juventude tem diferentes representações, é construído social e culturalmente e deve ser compreendido como uma categoria não estática, em constante construção, que tem diferentes significados no tempo e nas culturas. Dentre os diversos olhares que concebem o termo, há os que veem o segmento na perspectiva de grupo social envolvido em problemas ou aqueles que o percebe como um ator estratégico do desenvolvimento. A partir dos anos 2000 inicia-se um movimento de reconhecimento da juventude como protagonista e cidadã, como um segmento que necessita de ações e projetos que possam atender suas demandas e interesses. As ações ligadas à educação e ao emprego pautam os Programas voltados ao público jovem, que é definido a partir de recortes etários. O público compreendido entre 14 e 24 anos é alvo do Programa Jovem Aprendiz, que objetiva a inserção no mercado de trabalho formal, oportunizando que os jovens estabeleçam relações sociais e possam vislumbrar possibilidades futuras de permanência no espaço ocupacional. O presente estudo visa a analisar os aspectos relativos à inserção e permanência de jovens participantes do Programa Adolescente Aprendiz desenvolvido pelo Centro de Educação Santa Rita, do Município de Campo Mourão, no período compreendido entre os anos 2005 a 2015, podendo subsidiar análises que possibilitem futuras intervenções para o segmento. Para alcançar o objetivo proposto foi realizada uma pesquisa qualitativa, com base nos dados disponíveis na Instituição e com a utilização de questionários aplicados junto às Empresas contratantes e os jovens egressos do Programa de Aprendizagem. Os resultados apontam que participar do Programa de Aprendizagem contribui para a inserção e permanência de alguns aprendizes no mercado de trabalho. No período estudado houve efetivação de apenas 41,92% dos jovens nas empresas em que realizaram as atividades práticas. E somente 58% dos jovens egressos estão trabalhando com contrato de trabalho formal.trabalho, aprendizagem, juventude.Reflexões e reflexos: trabalho, juventude e aprendizagem. Uma análise a partir do Programa Adolescente Aprendiz do Centro de Educação Santa Rita do Município de Campo Mourão, de 2005 a 2015DissertaçãoInterdisciplinar