França, Cyntia SimioniPereira, Beatriz Carazzai2025-12-122025-12-122025-12-122025-09-25https://repositorio.unespar.edu.br/handle/123456789/960Esta pesquisa é resultado do programa de História Pública da UNESPAR (Campo Mourão), e acolhe as memórias de góticos em Curitiba-PR através de práticas de rememoração realizadas em encontros com cinco integrantes da subcultura, buscando compreender os sentidos que eles atribuem ao Gótico, tendo como base teórico-metodológica a filosofia de Walter Benjamin. Os encontros ocorreram entre janeiro e março de 2025, consistindo em cinco oficinas temáticas sobre o Gótico, explorando identificação subcultural, a morte e cemitérios, boemia e vida noturna, moda e indumentária e política. As narrativas resultantes foram elaboradas em mônadas no diálogo com o método monadológico benjaminiano, unindo as particularidades dos indivíduos ao universal, buscando situar experiências góticas no tempo e espaço, e contextualizando as manifestações artísticas da subcultura e sua cena curitibana no cenário de comodificação das artes e identidades sob o enfrentamento do capitalismo neoliberal. Os resultados mostram que o Gótico produz sentidos para identificações prévias com elementos estéticos góticos, organizando estas identidades de forma social (Silva, 2006). Estas identidades são expressas de diferentes modos na indumentária gótica, que desafia papéis de gênero, conforme os princípios DIY resistem ao fast fashion e a comodificação de subculturas nas aesthetics. A subcultura dialoga com o passado (Goodlad; Bibby, 2007) através do contato com cemitérios e espaços boêmios, promovendo uma ocupação revolucionária do espaço público em meio à sua privatização, resistindo ao esfacelamento das relações sociais coletivas, e inserindo e integrando manifestações artísticas alternativas ao cotidiano urbano. Estes elementos revelam que o Gótico se insere nos debates políticos da sociedade conforme seu contexto histórico, refletindo e protestando contra melancolia como sintoma de alienação na modernidade (Matos, 2010) através da alternatividade comunicativa (Spracklen; Spracklen, 2018).Gótico; Subcultura; Underground; História Pública; Arte alternativaO Gótico Está (Morto)-Vivo: Memórias de góticos de Curitiba-PR na interface com a subcultura.DissertaçãoHistória